baleias
herberto helder e paul auster. solidão ainda. sobre a desconstrução da palavra. até ao estado mais puro. a utopia do silêncio. não vou citar, não me apetece atalhar. de novo um caderno, mas este é meu.
de novo um exercício. um texto impenetrável, de tão denso. daqueles que levam académicos a longas masturbações lógicas. teses. um sorriso no fim. “EU percebi”. esquece lá isso. fluuuuuuuuuuuuuuuush. contemplação.
o texto mantém-se incompreensível mas dispara-te (ou cospe, menos violento, talvez. de uma ou outra maneira, não vomita). umas quantas imagens (dispara ou cospe umas quantas imagens). mentais. não importa não perceber. esquece lá isso.
tenta chegar a umas quantas palavras chave. não importa que erradas. esquece lá isso. a coisa está desconstruída na lista (minimal, se possível).
agarra na lista (agarra, relê, recorta, picota,...). mistura as palavras. desconstrói numa segunda camada. e depois noutras camadas. as que te apetecer. contemplação de novo. não caias na tentação de as organizar. esq...
a lista começa por si só a sugerir paisagens sonoras. toca-as (no sentido musical da coisa). da contemplação à intuição. sem segundas tentativas. o erro aqui não se coloca. es... podes usar as camadas que entenderes necessárias (duas ou três deverão ser suficientes. uma seria o ideal, mas é mais difícil), mas mantém a coisa fluida. fluuuuuuuuuuuush.
podes usar a repetição de forma abusiva. ou não.
a paisagem sonora que criaste é o silêncio do texto inicial. ou não é nada disso mas às vezes ajuda ter um conceito de chegada.
os meus autores soam a baleias melancólicas. não as controlo, cantam prati. mas acho que estou praivirado.
2 comentários:
tens tado numa de oceano e maresia...
as paisagens sonoras e as tuas músicas do acaso.
Nada como receber uma herança e fazer-se à estrada....
Estás praivirado?
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