terça-feira, julho 14, 2009

discos naked

segunda-feira, julho 13, 2009

... é a "discos naked"











não é uma editora...







domingo, julho 12, 2009

… nem tudo era simples, mas a coisa compunha-se… já se alimentava de forma mais normal… o almoço de peixe cru tinha sido surpreendente… revelador… sobretudo nostálgico, com digestão difícil… implicou cinco dias de processamento digestivo, apoiado por álcool de banana… a leveza era ainda uma necessidade, mas o peso cada vez mais suportável… sobretudo ao ar livre, em curtas caminhadas (pequena limitação)… um dia de cada vez, com ideias à mistura… uma praia, uma ilha… outra praia… tinha começado a arrumar o cubículo (as visitas, nunca se sabe) e a arranjar acessórios domésticos… mandou encerar as escamas, agora brilhantes, sobretudo pela manhã…

quarta-feira, julho 08, 2009

mouraria beat ensemble




mouraria beat ensemble




mouraria beat ensemble




mouraria beat ensemble




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mouraria beat ensemble




mouraria beat ensemble




mouraria beat ensemble











terça-feira, julho 07, 2009

... e o que faço agora a tanto papagaio????????

... depois de papagaio comprado, fechaduras à porta... não havia nada a fazer agora, estes impulsos/pulsões pareciam não querer passar... momentos de aparente loucura, em que o cérebro parece deixar de funcionar (pura estupidez?)... de qualquer maneira não ia soltar o animal, podia morrer à fome ou vítima de uma centopeia viciada em ópio... "o papagaio não é meu... um animal não pode ser comprado... que imbecil... mais umas horas e tudo isto me vai parecer estúpido... ao segundo copo tive dúvidas... um pouco de coragem e tinha deixado o bicho por ali, com o marinheiro (giraço)..." ... a coisa continua enquanto desce a calçada, em direcção à praia... o papagaio, caladinho como um rato... gordo como um porco... estúpido como um pneu na auto-estrada... "não deixa de ser mais uma desilusão"... "não se pode ter tudo? PORQUÊ?"... no último beco já cheira a iodo... canários reclusos entoam melodias de acasalamento... "devem estar com uma sorte... bem podem esperar"... soltar o animal seria um acto nobre... o tipo voava, livre (se não lhe tivessem arrancado aquelas penas, de forma cirúrgica... valeria a pena experimentar?)... porque cedo às pulsões? porque perco o controlo? mas que caralho manda em mim? pensei que a partir dos 80 a coisa passava, mas pelos vistos bem posso esperar... já nem há fantasmas do passado (?) a moer-me o juízo, constantemente... só esta preguiça do automático se mantém... não é risco, é pura preguiça... não é criação, é criação menor e pura preguiça... não há nada que o justifique, que não a puta da preguiça... tudo o resto são desculpas teóricas, pomposas, vazias... e o que é mesmo estúpido é que só bastava um sorriso, umas palavras, um beijo... e não teria comprado o raio do papagaio... estou para ver as alergias... não tenho nada para lhe dizer... não me apetece ensinar-lhe nada... só "puta que pariu"...

segunda-feira, julho 06, 2009

… acordou com cristais nos olhos… três cadeiras ao lado daquela em que parece ter adormecido… de novo cansada, apesar das dez horas de sono (pouco profundo…)… um café forte, para vomitar… outro e a coisa segura… as primeiras imagens mentais… um passado (muito) distante, vago… outros tempos em que ainda era … havia uma praia e uma ribeira (as realidades fundiam-se)… vestia uns calções rasgados ou uma t’shirt rosa (escuro) (as realidades fundiam-se)… animação em brincadeiras de puto, no essencial inocentes ou fins de semana a dormir (as realidades fundiam-se)… trepava às árvores ou colava-se à pele de alguém, para dormir (as realidades fundiam-se)… comia bolachas fritas com açúcar, broa, refresco de café e groselha ou cozinhava de forma inspirada e improvisada, uma cozinha espaçosa, com janela para umas árvores (escandalosamente verdes…) (as realidades fundiam-se)… era amada… amava (as realidades fundiam-se)… as realidades fundiam-se… confundiam-se… misturavam-se em loops espirais e fluorescentes… alados… voava para longe sempre que adormecia e sempre que acordava… focada, apesar de tudo… mas com asas seria mais leve…

… uma centopeia (quase sempre macho)… rosa… uma linha de vermelho escuro ao longo do veio dorsal… patas amarelas, luminescentes, descoordenadas desde a última passagem pelo bar da rosa… uma humidade constante, pegajosa, brilhante (o pulmão está habituado, ainda assim)… já está escuro e fresco, pode sair da pensão, agora… a fome é mais obrigação que sentida… qualquer coisa lenta, fácil de apanhar, mole, sem espinhas, que se possa sugar rapidamente para seguir caminho e tratar da coisa, de uma vez por todas… uma barata embriagada serviu bem (farta de baratas, ultimamente…)… segue em elipses também imperfeitas, como a lua… chegua, não bate, entra… a quebra-barranco já vai mostrando o que ainda vale (pouco, cada vez menos, gasta…)… pede um chá de menta e senta-se a fumar ópio… recosta-se, deixa-se cair, cansada… deita-se, dorme de novo… sente qualquer coisa no ouvido esquerdo há já alguns dias (parecem patas)… ouve guinchos melódicos de vez em quando, deixa-se embalar… sonha com outras paisagens, outros rostos, sobretudo com outros sons que não sirenes… talvez um charco, qualquer coisa de subaquático (mas pouco profundo)… no sonho as cores esbatem-se e fundem-se com os sons fluidos de girinos inocentes… sorri…

em breve



imagem: ana saramago
artwork: vasco alvergaria
para já podem ouvir por aqui
... uma colecção de temas gravados ao vivo, pelo LISBON SAFARI e, um conjunto de raridades, dos tempos em que a coisa ainda era uma ideia, gravados na GARAGEM HERMÉTICA...

domingo, julho 05, 2009

quarta-feira, julho 01, 2009

o presente é agora... anuncio de marca pouco ortodoxa de pasta de dentes... amanhã há mais, do mesmo... slogan partidário... o presente é o ontem e marca o amanhã... painel de entrada de uma empresa de conservantes... não deixes para amanhã o que podes fazer hoje... ditado imbecil... o passado somos nós, o futuro não existe para lá das 16h15 de 22/12/79... (sem comentários)... e agora já ia pracasa