quinta-feira, novembro 22, 2007

phot o

foto: d.
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qualquer coisa que anda por ali... no plural... coisas... sente-se... arrepios pela pele (momentos únicos esses)...

sem ordem, pelo menos aparente...

a luz, qb (escurinho, portanto)... uns quantos rastejantes... outros, dos chamados fofinhos (fazem ruídos, dos chamados queridos)... correm aleatoriamente... às vezes chocam, sem violência, o momento é calmo... a batida é calma (pouco batida)...


escapam-se, embalados por um (ou dois) piano.... nos... falso... os...

fica o ar... não está... mas sente-se...

terça-feira, novembro 20, 2007

perspectiva


uma questão de genética... as pálpebras não abriam mais que 20 graus... dava-lhe um ar aparentemente antipático... (estranho que não a catalogassem de outra coisa... enigmática... sensual...)... de qualquer maneira a simpatia parece ser uma capacidade sobrevalorizada... mas adiante...

a infância foi tramada... habituou-se a inclinar a cabeça para trás, para ver de frente... chamavam-lhe puta convencida... tentou fita cola (azul)... chamavam-lhe puta (ainda assim, um avanço)... puta genética...

...até que um tipo mais velho, de chapéu, lhe disse "esquece lá isso, é tudo uma questão de perspectiva... arranja um capacete"...


pelo natal sobe aos telhados da baixa (pombalina) para olhar de frente para as iluminações, abaixo... rios de cores... abaixo...

habituou-se a admirar insectos e a surpreender-se com carreiros de formigas... invocações melódicas, paisagens sonoras imaginárias...

doutorou-se em geografia das mijadelas caninas...

domingo, novembro 18, 2007

andy



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... qualquer coisa como uma marcha, daquelas que acompanham caixões... a cena (curta, cerca de dois minutos) mostra um funeral... da perspectiva de uma (ou várias) formiga(s) (de novo)... uma série de pés (calçados, aos pares) vão entrando e saindo... o terreno enlameado e umas quantas poças... é domingo, de novo...

quinta-feira, novembro 15, 2007

sem título




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alguém a subir as escadas, surpreende-se por um carreiro de formigas... a cena dura dois minutos

segunda-feira, novembro 12, 2007

cigarrinho... café...




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... uma série de referências a cigarrinhos, no final do dia... café e um cigarro... pequenos prazeres... há dias, de pulmões mais limpos, em que o primeiro da manhã invade, com uma ligeira (ou menos ligeira) dormência e calma... o acordar com o primeiro café... as primeiras ideias... pena não ficar por aí (hábito manhoso, a largar)....

... daí a chegar a casa com vontade de tocar (finalmente...)... o dia passou... aconchego... apeteceu-me fazer qq coisa a soar a café e cigarros... ou a pequenos prazeres em geral, dos mais simples...

...acabou por soar a Telectu... por mero acaso... acaba por depender mais da forma como se conjugam ou pedais que por influência... ultimamente sai, apenas... não me apetece pensar na coisa...

... não tem nada a ver com cigarros... acaba por ser um pequeno prazer...

... simples, automático.... como a escrita, que hoje não sai... e o pedra no charco, longe daqui... saudades pá...

...um loop, mais ou menos...

domingo, novembro 11, 2007

fado para moebius




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paisagens automáticas... um fado para uma garagem hermética (imagens de perseguição, a pé)

domingo



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... sentado e descalço... uma caminhada, antes, por ali perto... agora a música acompanha a bebida... forte (adjectivo)...


...um par de siameses... rapaz e rapariga... louros... observam os cartazes pelas paredes, à meia luz... desejo reprimido pela impossibilidade... desmaiam em diálogos gastos... uma prostituta asiática imagina como seria.
..

... um velho de chapéu entra... enche a sala, silencioso... o puto ao lado parece batido nestas coisas... a cena repete-se quatro ou cinco vezes... parece haver uma mudança de cores a cada uma delas... senta-se, procura a nota no bolso esquerdo das calças (preciosismo)... agora espera... ansioso... o puto pede capilé...


... os so
ns do aquário enchem aquele canto... carpas japonesas e um outro que não conheço... tatuado: “... quando, daqui a umas horas, a manhã vier branca e fria, saberei eu andar? lembrar-me-ei de como se põe um pé à frente do outro? sem cair...” o poeta costumeiro... é por medo que caminho descalço... forço-me a sentir o real... e poupo uns trocos...

domingo, novembro 04, 2007

quem és tu zé gato?

I like too many things and get all confused and hung-up running from one falling star to another till I drop. This is the night, what it does to you. I had nothing to offer anybody except my own confusion. jack k.
... um big big blog avisou... o "on the road" fez por estes dias 50 anos... datas, tempo (muito)... se é actual ou não, não importa... sobre o livro... a viagem pela viagem... liberdade... tudo isso... mas lembro-me sobretudo de uma invocação... um tipo a tocar... repetitivo (talvez, minimal penso que não, não assisti ao concerto, ainda não tinha nascido por esses dias)... concentração, focado, supera-se... som e músico (ressoador?)... fundem-se... um estado de hipnotismo (auto)... o resultado parece ter impressionado o autor... improviso... automático... mental... sublime... criação criação criação... lições...