sexta-feira, dezembro 28, 2007

2007...

…há um puto que se diverte a mijar para cima de um formigueiro, à entrada da horta… aponta para a entrada principal… acerta na maioria das tentativas… cá em baixo é a confusão…

quarta-feira, dezembro 26, 2007

fantas ti que



imagem: manipulação de objectos (mais ou menos quotidianos)… latas (daquelas em que os cães comem), peles, coisas da Guiné (ou por aí…) e uma campainha… em transe rítmico, passado algum tempo (pouco tempo)…manipulação de maquinetas… repetição… pequenas vozes (falsas)… “no one speaks for me”… “no one speaks for me”… “no one speaks for me”… “espaço 1999” (aparentemente)…
abstracção a três …
sequências de imagens mentais traduzidas numa melodia (autista)…
os sons da ponte não foram captados…

epílogo: … continua a soar bem... o experimental é agora vago, mas quotidiano… isso e couves
boomp3.com
a naked lunch: no one...

terça-feira, dezembro 25, 2007

sexta-feira, dezembro 21, 2007

mensagem de natal (II)


domingo, dezembro 16, 2007

trilho dormente

... o carreiro segue para sul... são para aí umas trintas (formigas, das mais pequenas, pretas)... seguem ocultas por um trilho de lã (preta)... adiante a linha do horizonte clareia o cenário: cinza, claro, nevoeiro (vapores quentes) e montanhas de louça, que só as mais fortes conseguem trepar... a da frente, a mais nova, "alucina" chega à fronteira... sente um cheiro forte, detergente, de ontem... salta para o terreno onde, agora, é visível... inspira, forte... as outras saltam agora, a medo... uma inspiração colectiva... sentem o corpo adormecer, a calma invade-as... repetem o trilho todos os domingos de manhã...

sábado, dezembro 15, 2007

waiting for the...


da floresta azul a rebuscar qq coisa nos bolsos, observada... distraída... "maldita época, e este frio..." pisou um tufo de cogumelos "nunca mais chego lá a cima... raio de ideia" tira o isqueiro (do bolso) fuma, observada... o trilho é húmido, pegajoso... sua, apesar do frio... sente (o frio) na cara, nos lábios (secos), (o suor) no peito... "apetece-me agarrar uma caneca de café, quente" por aqui não terá sorte, para compensar esfrega as mãos... "e esta vontade de mijar... aguenta... tenho o rabo gelado... não sinto os pés"... depois da curva, é já ali... entretanto começa a chover... desliga a televisão e vai para casa...

sexta-feira, dezembro 14, 2007

mensagem de natal

terça-feira, dezembro 11, 2007

domingo, dezembro 09, 2007

The Last Words of Hassan Sabbah (só algumas...), William Burroughs

boomp3.com

1. Oiga amigos ! Oiga amigos ! Paco ! Enrique ! 2. Listen to the last words of Hassan Sabbah, 3. The Old man of the Mountain ! 4. Listen to my last words, anywhere ! 5. Listen all you boards, governments, syndicates, nations of the world, 6. And you, powers behind what filth deals consummated in what lavatory, 7. To take what is not yours , 8. To sell out your sons forever ! To sell out the ground from unborn feet for ever ? 9. Listen to my last words any world ! Listen if you value the bodies for which you would sell all souls forever! 10. What am I doing over here with the workers, the gooks, the apes, the dogs, the errand boys, the human animals ? 11 . Why don't I come over with the board, and drink coca-cola and make it ? 12. "For God's sake, do not let that Coca-Cola thing out !" 13. Thing is right, Mr Whoever is responsible for that who done it ! 14. Explain how the blood, and bones, and brains of a hundred million more or less gooks went down the drain in green piss ! 15. So you on the boards could use bodies, and minds, and souls that were not yours, are not yours, and never will be yours.

naked lunch



Exterminate all rational thought...

sexta-feira, dezembro 07, 2007

white light


terça-feira, dezembro 04, 2007

enquanto dorme


enquanto dorme faz-se silêncio por aí... as hélices que passam respeitam o sono... enquanto não acorda... melodias adormecidas por falta de café... embaladas por portadas, ainda fechadas... por sonhos que não recordo...

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segunda-feira, dezembro 03, 2007

cinza


imagem: enquanto espera, uma caminhada em solo vulcânico... cinza... gosta da textura, confortável... o som dos pés a enterrar... esfrega os pés no chão... raspa com força... escreve o nome... inspira ar húmido... vem aí chuva... no alto do vulcão duas gaivotas tocam piano...

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domingo, dezembro 02, 2007

ki ta manda

...novos temas por aqui... //photo/rasputine/final feliz (um regresso)//... estão agora 3 paisagens para download...

sábado, dezembro 01, 2007

no good... no bueno (velhote de chapéu)... oldguywithahat


... ou coisas que acabam em ão...

... o velhote não é práquichamado, hoje... há alturas em que o agora é imperioso... ou as chamadas lamechices (tretas)... ou não (acaba em ão)...

... bíblico ou não (acaba em ão)... lost control... recordação (acaba em ão)... no good, no bueno... no god, no good (não é bíblico, começa em ão, mas não é bem assim...)... tears in(os) olhos... gritos... a banda sonora passou por aqui há algum tempo... mas faz-se outra invocaçÃO... wild boys, nova express...

altura para uma citaçÃO... "AND BURY THE BREAD DEEP IN A STY"... enterra-o bem... o pão (acaba em ão)...

quinta-feira, novembro 22, 2007

phot o

foto: d.
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qualquer coisa que anda por ali... no plural... coisas... sente-se... arrepios pela pele (momentos únicos esses)...

sem ordem, pelo menos aparente...

a luz, qb (escurinho, portanto)... uns quantos rastejantes... outros, dos chamados fofinhos (fazem ruídos, dos chamados queridos)... correm aleatoriamente... às vezes chocam, sem violência, o momento é calmo... a batida é calma (pouco batida)...


escapam-se, embalados por um (ou dois) piano.... nos... falso... os...

fica o ar... não está... mas sente-se...

terça-feira, novembro 20, 2007

perspectiva


uma questão de genética... as pálpebras não abriam mais que 20 graus... dava-lhe um ar aparentemente antipático... (estranho que não a catalogassem de outra coisa... enigmática... sensual...)... de qualquer maneira a simpatia parece ser uma capacidade sobrevalorizada... mas adiante...

a infância foi tramada... habituou-se a inclinar a cabeça para trás, para ver de frente... chamavam-lhe puta convencida... tentou fita cola (azul)... chamavam-lhe puta (ainda assim, um avanço)... puta genética...

...até que um tipo mais velho, de chapéu, lhe disse "esquece lá isso, é tudo uma questão de perspectiva... arranja um capacete"...


pelo natal sobe aos telhados da baixa (pombalina) para olhar de frente para as iluminações, abaixo... rios de cores... abaixo...

habituou-se a admirar insectos e a surpreender-se com carreiros de formigas... invocações melódicas, paisagens sonoras imaginárias...

doutorou-se em geografia das mijadelas caninas...

domingo, novembro 18, 2007

andy



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... qualquer coisa como uma marcha, daquelas que acompanham caixões... a cena (curta, cerca de dois minutos) mostra um funeral... da perspectiva de uma (ou várias) formiga(s) (de novo)... uma série de pés (calçados, aos pares) vão entrando e saindo... o terreno enlameado e umas quantas poças... é domingo, de novo...

quinta-feira, novembro 15, 2007

sem título




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alguém a subir as escadas, surpreende-se por um carreiro de formigas... a cena dura dois minutos

segunda-feira, novembro 12, 2007

cigarrinho... café...




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... uma série de referências a cigarrinhos, no final do dia... café e um cigarro... pequenos prazeres... há dias, de pulmões mais limpos, em que o primeiro da manhã invade, com uma ligeira (ou menos ligeira) dormência e calma... o acordar com o primeiro café... as primeiras ideias... pena não ficar por aí (hábito manhoso, a largar)....

... daí a chegar a casa com vontade de tocar (finalmente...)... o dia passou... aconchego... apeteceu-me fazer qq coisa a soar a café e cigarros... ou a pequenos prazeres em geral, dos mais simples...

...acabou por soar a Telectu... por mero acaso... acaba por depender mais da forma como se conjugam ou pedais que por influência... ultimamente sai, apenas... não me apetece pensar na coisa...

... não tem nada a ver com cigarros... acaba por ser um pequeno prazer...

... simples, automático.... como a escrita, que hoje não sai... e o pedra no charco, longe daqui... saudades pá...

...um loop, mais ou menos...

domingo, novembro 11, 2007

fado para moebius




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paisagens automáticas... um fado para uma garagem hermética (imagens de perseguição, a pé)

domingo



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... sentado e descalço... uma caminhada, antes, por ali perto... agora a música acompanha a bebida... forte (adjectivo)...


...um par de siameses... rapaz e rapariga... louros... observam os cartazes pelas paredes, à meia luz... desejo reprimido pela impossibilidade... desmaiam em diálogos gastos... uma prostituta asiática imagina como seria.
..

... um velho de chapéu entra... enche a sala, silencioso... o puto ao lado parece batido nestas coisas... a cena repete-se quatro ou cinco vezes... parece haver uma mudança de cores a cada uma delas... senta-se, procura a nota no bolso esquerdo das calças (preciosismo)... agora espera... ansioso... o puto pede capilé...


... os so
ns do aquário enchem aquele canto... carpas japonesas e um outro que não conheço... tatuado: “... quando, daqui a umas horas, a manhã vier branca e fria, saberei eu andar? lembrar-me-ei de como se põe um pé à frente do outro? sem cair...” o poeta costumeiro... é por medo que caminho descalço... forço-me a sentir o real... e poupo uns trocos...

domingo, novembro 04, 2007

quem és tu zé gato?

I like too many things and get all confused and hung-up running from one falling star to another till I drop. This is the night, what it does to you. I had nothing to offer anybody except my own confusion. jack k.
... um big big blog avisou... o "on the road" fez por estes dias 50 anos... datas, tempo (muito)... se é actual ou não, não importa... sobre o livro... a viagem pela viagem... liberdade... tudo isso... mas lembro-me sobretudo de uma invocação... um tipo a tocar... repetitivo (talvez, minimal penso que não, não assisti ao concerto, ainda não tinha nascido por esses dias)... concentração, focado, supera-se... som e músico (ressoador?)... fundem-se... um estado de hipnotismo (auto)... o resultado parece ter impressionado o autor... improviso... automático... mental... sublime... criação criação criação... lições...

domingo, outubro 28, 2007

um asilo... espetam-se, para sentir... (a dormência...)... num curto passeio encontram uma placa, a néon aZulado: "não é por aqui..." hospitalidade duvidosa... rendas escondem inocência... desfasamentos, imperfeições, um futuro caos saído da perfeição infantil (demente)... por agora dormem num pinhal, à sombra da figueira... o cheiro adocicado de figos PoDres... (trovoadas cinza, ar pesado, os primeiros ventos)... a inocência... ... a ribeira mais abaixo... a espera...

sexta-feira, outubro 26, 2007

audiência

imagem: meiobit

… é com um arame que se inflige um corte (tosco) braço abaixo (longe das veias)… magro, pálido duro… um rasgão pouco profundo acorda-o (ao braço)… a preto e branco (o sangue repugna)… pelas partes lisas, até à linha onde a penugem arranca (decidida)… por aí nada de cortes… queimaduras com beatas (acesas)… cheiro a porco (a matança, mato)… queima unhas dos pés, arrancadas com méTODO… incenso orgânico… um carreiro de formigas, atentas, curiosas, inoCENTES…

… da audiência percebe-se a respiração… pesada, na peNUMBRA… insatisfeita, já batida nestas coisas… inCITAM… corta mais fundo… corta no pescoço… INSATISFEITA… aguardam sexo… querem mais…

PROjecções de canibalismo manhoso a camuflar corpos… sexo RETRO, setentas, ou perto disso… mudo… empalamentos mal disfarçados (o orçamento parece não dar para mais)... espancamentos a caMUFLAR corpos… sexo ainda mais retro… com bigodes e ancas largas… duas mulheres jogam ténis… uma audiência já gasta observa… uma audiência presa à IMAGEM, acompanha movimentos pouco treinados… deixa lá isso… na sala ao lado um grupo de SETE homens (já gastos) observam um peep show de FADAS… lésbicas pouco convictas (o orçamento não dá para mais...)… a humilhação não conVENCE… o agente é ele próprio uma imagem… masturbatória…

… a banda sonora é minimal… repetitiva…

flash



um flash, palpável, quase (inodoro)… azul, tendencialmente e quase sempre (neste dia, o inverno ainda não caiu por aí… pelo menos este ano)… quase aquático, menos fluido que a água do mar… a barreira apenas se percebe pela manhã (a porta, o sol pelos olhos, imagens difusas, sono, resquícios soltos de noites mal dormidas, as primeiras melodias mentais… azul invernal, frio…)… um mergulho desde o 3º andar (tecnicamente são 4)… de novo deep blue, a bola de ar que se forma nos ouvidos (orelhas)… sons desfocados… à espera de um produtor e das imagens… e do primeiro cigarro da manhã…

domingo, outubro 21, 2007

dow n load s


agora já dá para fazer download s, aqui

antes não... agora sim... contrários...

a celebrar a entrada dos frios e coisas húmidas... asma... uma série de variações sobre a respiração e noites mal dormidas... sobrepostas... uns quantos putos nãosesabedonde correm, transpiram húmidos... chocam de olhos abertos e boa visibilidade... pisam dentes de leite, projectos... o ar pesado, húmido, denso... perceptível nas caras e narizes (frios)... erva verde e amarela, de ranho... tudo à beira rio, quartzitos já bem rolados... velhos, perfeitos... vapores de chá de gengibre, insuficiente... e escadinhas... respirações pesadas... pele salgada a gosto, pelo desejo ácido, vale tudo... um regressar contemplativo... um albatroz entesoado... sexo, em banda desenhada... imagens... e uma baleia comum... sperm whale...

terça-feira, outubro 16, 2007

imagens com música

imagem:godard

a ideia é mais ou menos simples, nada original. imagem com uma outra paisagem. sonora. melodias minimais (mesmo minimais) alimentam-se (e alimentam) um suporte visual (igualmente minimal). loops. ou não. imagens (vídeo, fotografia). imagem pela imagem, o conteúdo acaba por interessar muito pouco. uma abordagem emocional, sem que os dois suportes tenham de fazer sentido em conjunto. sem mensagem. há um impacto essencialmente emotivo numa imagem ou numa melodia. o minimalismo mútuo compensa as duas (torna o conjunto mais interessante que cada uma de forma isolada, mas as duas, de forma isolada, são autónomas, respiram por si só). o efeito é uma bofetada emocional (repito-me). ou um sopro num campo de margaridas.

alguém?

domingo, outubro 14, 2007

to walk away, in silence


pelo fim da tarde uma varanda e silêncio... umas quantas teclas (muitas) e botões... um baixo, ainda seduzido pelo fundo do mar e ficção científica retro... e sons que ressoam, vão ritmando a coisa... os objectos ressoam de facto... e tudo o resto... plácidos sábados... a leveza... não são reencontros... não são as mesmas histórias de sempre... não há bateria, sequer... ultimamente desaparecida (é difícil de carregar)... qualquer coisa do tipo os três porquinhos, versão urbana caseira... e uma imagem já batida... um de mochila carregada, cabeça cada vez maior (ideias), assobia transmission (mas não dança)... venda... não vê as placas que indicam o caminho... (h)esita no cruzamento... um passo para a garagem hermética... ou para as mesmas histórias de sempre... outro ainda... calor húmido piso líquido, pegajoso... difícil caminhar depois da paragem, racional... dogmas musicais, parece...
"caminha em silêncio, vira em silêncio, afasta-se em silêncio", neste caso em inglês, no original...



a terceira tabuleta é a das parcerias improváveis... apetece-me musical instalações, exposições, projecções... e afins...

quarta-feira, outubro 10, 2007

e agora... algo completamente diferente...

N'Gapas (ouvir aqui)

Ritchaz e Kéke (ouvir aqui)

terça-feira, outubro 02, 2007

leu-se, n'A Trompa

Andando por aí, à descoberta, parando em coisas soltas......parei em Frei Fado D'el Rei - alertado, e em "Redondo Vocábulo", tema do excelente "Senhor Poeta" (Bartilotti, Ovação, 2007), disponível desde há dias no MySpace do grupo. Lindo. Depois, numa de jazz fusão, os Zuul Nation também disponibilizaram um novo som; chama-se "Slick Flick" e também está no MySpace. À frente, ficámos também a saber que os setubalenses Banshee And Something Else We Can't Remember disponibilizaram o single do seu recente álbum, "This Place Is a Zoo"; o single é exactamente o tema que dá nome ao disco. Pelo meio, um salto às experiências sonoras e minimalistas de a naked lunch; depois da demo "para d.", agora é "love song". Outra boa nova está relacionada com os dR.estranhoamor; a banda de Almada pôs a rolar no seu MySpace o excelente "Arte de Dar". Boa. Agora pelo metal, os Heavenwood também têm mais som online; chama-se "Take my Hand". Continuando numa onda mais agreste, chegamos aos Eternal Bond. A banda lisboeta disponibilizou mais um som do seu novo álbum "Convictions"; chama-se "Bring us Down" - ft. Ché. Para terminar, duas coisas algo diferentes: no MySpace da Footmovin' é possível ouvir o rap de "Verbalizo" de Sanryse; no de Margarida Guerreiro, há uma versão ao vivo para o tema "Ausente".Coisas soltas...apenas.

sexta-feira, setembro 28, 2007

love song...

encosta os dois joelhos ao braço dormente. sente a coisa fluir através do corpo (sobretudo pernas). sem cores nem animais (com asas). o membro sente-o de novo. não adianta muito. uma bofetada de realidade. violenta.

sempre teve aquele buraco ali, no meio do peito. fora mesmo acusado de raquitismo (tretas). é por ali que os dedos da mão (agora acordada) se passeiam. sente as batidas, sempre fortes, ultimamente. tenta em vão que também o peso escoe. talvez com um dreno.




... ouve-se escoar por aqui
love song

solidão, saudade, qq coisa queridos defuntos (mão morta)




diz-se que saudade será uma palavra exclusivamente portuguesa. não sei se cientistas americanos já o provaram. diz-se com orgulho. alguma alegria mesmo. “somos o povo da saudade”. não vou falar de identidade/alma (aborrece-me), salto uns quantos degraus no assunto. (paf).

de facto esta saudade (solidão?) terá sido (é) o motor de umas quantas obras que me são particularmente queridas (aqui e em muitos outros lados). mas foda-se... é assim qualquer coisa de muito pesado. a saudade/solidão são isso mesmo. um peso no peito (já vimos atrás que chega por vezes ao estômago). tristeza. melancolia. angústia (palavra particularmente pesada). daí para a demência tem sido um pulinho. (paf). preferia estar com a tribo do torresmo. o cardume dos peixinhos da horta (não Horta). ou mesmo o rebanho dos alegres. devia de haver uma vacina... não... uns comprimidos...

quinta-feira, setembro 27, 2007

isso e máxines

uma das máquinas mais belas. das de escrever. devidamente lubrificada. não a uso para escrever, não dá muito jeito. também não é minha, sequer... (ainda não a devolvi, desculpa) um sistema fechado, do tipo input/output (aplicável a quase tudo, se se dominarem bem as variáveis e soubermos o que se quer como produto – fácil de perceber numa fábrica de salsichas. mas aplicável noutros contextos. lembras-te daquelas maquinetas de moer carne para croquetes? o sistema é perfeito. substitui qualquer psicólogo ou AFINS). uma tecla, um braço mecânico, um símbolo impresso (estou de novo na máquina de escrever. desculpem as interrupções).

a coisa pode ser entendida como a desconstrução da música (frase verdadeiramente pseudo, sinto-me na obrigação de acrescentar... “ou não”).

exercício: uma máquina de escrever, antiga, emprestada, ainda não devolvida. coloca objectos metálicos (caricas por exemplo) e ovos (N.A. - pequeno objecto musical em forma de ovo, com pequenas esferas metálicas por dentro (claro). faz tssshque tssshque). sobre os braços metálicos (da máquina). escreve aleatoriamente. foca-te no som produzido, deve soar bem. fluido, de novo. capta a coisa. passa o som captado por processador(es) de efeitos (ou afins – se não tiveres esquece lá isso). é o som assim torturado (pequeno apontamento bondage) que te deve chegar aos ouvidos (normalmente irá soar a qualquer coisa aquática). tem de continuar a soar bem.

o texto assim criado é uma imitação da natureza (sem comentários, isto às vezes...)

natureza. (coisa captada de costas (mania), num espelho enferrujado, gasto. não se percebem os dentes. num fundo plano de mar. uma moreia costeira e todos os outros): sdasjforffisjdfiije932jsfd nsadflrfyhkSKASFEJD GNlLANLK Nllkdlkas dljsaaffv aflnsf v
sddasfasdg fdfdgnçklldfdg dvbkknmAllLLsmslk§o3ijjsdngllnSDGKdk dçkjdg~hskjfjjhf~k jLsJDSGFLDGGKGG KFÇSKKA SÇLLKMWOKFMGHÇKGÇÇKKMRÇWSÇÇLL sççlfkmfffkyoj twejrjrjrjkmdfknedfr weftlnnewlff welfnZ,XC ELKRN\PWIERHTJTJGNHW~RF IHSDGNFGLKNFRD

apesar de tudo gosto mais de musicar textos. mas a máquina de escrever é de facto um bom instrumento. de percussão. isso e bloooops.

daqui a um bocado



estou farto de paisagens. aborrecem-me. apetecem-me de novo quatro paredes e uns quantos objectos. e letras que não falam de viagens, de escritores. qualquer coisa sobre peixes de rio. farto de realidade e de surrealismo. o céu não tem de ser nem azul nem amarelo (facto). as lagostas não têm de ser animais alcoólicos, sentadas ao balcão, discursos improváveis (cientistas americanos parecem tê-lo provado). os peixes vêem de facto o mundo com outros olhos, o seu mundo é diferente e os seus olhos (deles) obedecem a outras lógicas (ainda por provar). já abandonei a lógica há muito e não me apetece ser contemplativo. vou ser aluno, beber de um ou outro mestre. imitar qb. desconstrui-los até me soarem bem, a baleias. azul profundo (deep blue), mergulho sem óculos, desfocado. essa realidade é assim mesmo, desfocada, até para os peixes. mas a mim falta-moar. sonoridades subaquáticas. antes isso que pescador. e sons de pássaros. abstracto. vou construir apitos que imitam peixes. e soprar. e pisar o improvável. surpreender-me. entusiasmo auto-suficiente. auto-hipnotismo. criar um estilo.

quarta-feira, setembro 26, 2007

baleias

(NA - pode não parecer mas é uma baleia)


herberto helder e paul auster. solidão ainda. sobre a desconstrução da palavra. até ao estado mais puro. a utopia do silêncio. não vou citar, não me apetece atalhar. de novo um caderno, mas este é meu.

de novo um exercício. um texto impenetrável, de tão denso. daqueles que levam académicos a longas masturbações lógicas. teses. um sorriso no fim. “EU percebi”. esquece lá isso. fluuuuuuuuuuuuuuuush. contemplação.

o texto mantém-se incompreensível mas dispara-te (ou cospe, menos violento, talvez. de uma ou outra maneira, não vomita). umas quantas imagens (dispara ou cospe umas quantas imagens). mentais. não importa não perceber. esquece lá isso.

tenta chegar a umas quantas palavras chave. não importa que erradas. esquece lá isso. a coisa está desconstruída na lista (minimal, se possível).


agarra na lista (agarra, relê, recorta, picota,...). mistura as palavras. desconstrói numa segunda camada. e depois noutras camadas. as que te apetecer. contemplação de novo. não caias na tentação de as organizar. esq...

a lista começa por si só a sugerir paisagens sonoras. toca-as (no sentido musical da coisa). da contemplação à intuição. sem segundas tentativas. o erro aqui não se coloca. es... podes usar as camadas que entenderes necessárias (duas ou três deverão ser suficientes. uma seria o ideal, mas é mais difícil), mas mantém a coisa fluida. fluuuuuuuuuuuush.

podes usar a repetição de forma abusiva. ou não.


a paisagem sonora que criaste é o silêncio do texto inicial. ou não é nada disso mas às vezes ajuda ter um conceito de chegada.

os meus autores soam a baleias melancólicas. não as controlo, cantam prati. mas acho que estou praivirado.

segunda-feira, setembro 24, 2007

passos (coiso...)



o peso chega a ser insuportável... como aquelas dores, não muito fortes... das que moem, permanentes... imperfeitas.


experiência:

coiso escolhe uma ilha. pequena, longe o suficiente. daquelas em que nos apercebemos que estamos ali. marca um quarto, dos antigos, sem grandes distracções. permite-se a alguns livros na bagagem. sabe ler.

(a experiência deve ser conduzida no mais puro estado de lucidez.) – este parêntesis tem a mania. a frase, leva-a num pequeno caderno, dáguarelas.

o peso surge por si só. ainda assim, poderá ser potenciado de forma significativa: recorda-te dos momentos passados com ela. concentra-te no sonho que nunca vais viver. na doença, se for o caso. recorda os que te foram próximos e já morreram. tenta escolher um (o mais pesado), e concentra-te por aí. esta será a segunda frase do caderno, mas só aparece mais tarde. não fosse testemunha pouco interessada, lembrá-lo-ia que outra estratégia poderia passar pelo estímulo de uma fobia (as fobias são uma chatice...)

não procures eventuais distracções locais. tenta não dialogar. podes caminhar.
(frase três. as que se seguem continuam a estar por ordem, no caderno, com uns quantos borrões a negro, pelo meio, sem ordem aparente – há que não arrumar demasiado as coisas, exercício inútil).


frase: não vale a pena estimular o pensamento lógico. não tentes perceber sentidos, afasta-te de espiritualismos. podes ser contemplativo. estimula raciocínios paranóicos (????).


frase: aproveita o estado mental para criar. passados alguns dias estarás capaz de criar ambientes abstractos impenetráveis, com toques de demência aguda. dedica-os aos que te são inacessíveis. (pessoalmente considero isto das dedicatórias uma bela treta... a criação é um acto e um produto – ponto).


frase: não deverá demorar muito tempo até que o peso se torne insuportável, constante. a coisa concentra-se no aparelho respiratório e digestivo (termos técnicos). pensas arrancar tudo com uma colher ferrugenta. um corpo mais leve, um buraco por ali (o coiso fez a bagagem à pressa, esqueceu a colher. tenta sem sucesso envelhecer uma, de aço inoxidável manhoso). – nota: não percebo nada disto.


epílogo
por estas alturas o peso passa a episódios esporádicos. as ideias mais arrumadas. fazes as malas e regressas. solitário na mesma. mais leve. assobias paisagens sonoras que desconheces.

domingo, setembro 23, 2007

da fluidez



o fundo do mar é o efeito de reverb por excelência (deep blue). primeiro soa a nada. silêncio, portanto. engano. passados uns quantos segundos recomeçamos a ouvir. não há ritmo possível. o som é processado (naturalmente) pela fluidez marinha. e o resultado é a fluidez marinha. a tirania da fluidez (marinha). melhor que tocar numa catedral vazia. melhor que tocar numa estação de comboios vazia. o som é violentamente limado (manipulado, torturado, podes escolher o verbo). da violência à calma, fluidez (repito-me). as secções misturam-se, transformando o som. não é possível qualquer exercício lógico. num sistema do tipo 1,2,3,4 o 1 mistura-se com o 2 e, a determinada profundidade, influencia o 3 e o 4. o mesmo com o 2, 3 e 4. nas paisagens abissais, o 1 passa a 3 arraçado (o passado passa a presente, depois da primeira volta. não deixa de ser impressionante. também os seres destas profundidades parecem não fazer sentido). os quatro passam a uma massa (nuvem, parede, vapor,...) fluida. é a morte do ritmo (tirando uns quantos bloooops). o que fica são flutuações mais ou menos intensas desta nuvem, que assume transformações de tonalidade e volume (normalmente soa bem, com alguma facilidade). um pouco como o choco, que vai mudando de cores ao longo do trajecto. como no choco, inspirações de natureza sexual provocam tonalidades mais intensas. acho. (as questões territoriais também, mas essas não me dizem nada. é coisa de ciclídeo). é esse o som que quero fazer. primeiro sozinho, depois a 2 ou 3. apreciar o efeito inesperado das metamorfoses provocadas pelo embate (fluido) das diferentes nuvens assim provocadas. por trás projecções aquáticas que a. acabou por nunca fazer. com chocos. e malanga, de chicote na mão (novo apontamento bondage).

é proibido fumar no quarto



fumo na casa de banho. coiso sentado, escondido (as melgas que me vão lixar a noite, por ali). olhos no (do) espelho. não deixa de ser estranho, observam-me (“passo demasiado tempo sozinho”, pensa, em voz alta. sorri). “estás bem?” “não, nada. sei lá. não me apetece pensar nisso agora. deixa-me.”


não percebo porque dizias que são amarelos. não conheço ninguém de olhos amarelos. só algumas espécies de aves. se fosse pássaro seria ganso patola. com patas azuis.


flash: (imagem) um ninho numa gaiola dourada. um pequeno porco exercita-se numa gaiola. sorri. sua. coiso gosta de porcos. animais sociáveis e inteligentes. quase sempre desvalorizados. saber. algumas espécies de animais acasalam para a vida. não me lembro quais. aves acho. talvez das que não migram. daquelas de ninhos engenhosos.

flash: “ficaste na mó de cima”... a expressão é injusta para a mó de baixo. as duas complementam-se. encaixam na imperfeição, é assim que são mós. c. (abreviatura de coiso) gosta de imperfeições. (dentes imperfeitos, encavalitados, rebeldes mas funcionais).

imagem do tipo de olhos amarelos. descalço sobre um telhado de vidro.
imagina o céu a entrar-te (te, outro tipo) pelo quarto abaixo (o céu fica quase sempre por cima) enquanto bates uma pívia solitária. constelações de esperma morto piscam o olho à ursa menor. o alivio é breve. mas isso há-de ser passado...

noutro plano, o dos olhos amarelos continua a imaginar-te (nova quase personagem, fêmea). deitada. uma colcha aos quadrados (indecifráveis). cola-se. o encaixe é imperfeito (mas funcional). adormece, com facilidade.

quarta-feira, setembro 05, 2007

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... quero dormir com um vapor lilás imenso e transparente e entorpecer-me a memória. al berto

sexta-feira, agosto 31, 2007

para d.




"plano, imóvel (nat. morta)... uma pedra com um peso em cima"




... tema novo... demo instrumental... à espera da voz de hugo barreiros... a ouvir aqui

2 planos




quinta-feira, agosto 30, 2007

pérolas - Telectu



... pensei criar um novo bloco, qq parecida com um top+ das coisas que vou ouvindo por aí...

os Telectu não se enquadram bem na coisa: não são desconhecidos e, desde os inícios dos anos 80 assumem-se como um dos projectos musicais de referência dentro desta área... virtuosos, inventivos e geniais... vitor rua e jorge lima barreto... texturas musicais com melodias improváveis (mas fortes)... cruzam a sua música com outras formas de expressão (vídeo, instalações,...)...

a ouvir, por aqui

quarta-feira, agosto 29, 2007

aenigmaplasme e madame P

madame P: http://www.myspace.com/madamepi

... dois projectos a ouvir...

terça-feira, agosto 28, 2007

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nem só de música... nem só de...

segunda-feira, agosto 27, 2007

o tempo está bom. o ar deste fim de tarde cheira a archosa e a tantrela*

* moebius

plano, imóvel (nat. morta)

uma pedra com um peso em cima

o realizador, num plano, imóvel (nat. morta) demonstra a verdadeira natureza da pedra... quarzito lascado, criado num outro plano (não lugar, hoje é esgoto)... vítima de umas quantas fugas para a frente (invernos rigorosos) é hoje um indivíduo (pedra) disfuncional - a evitar, demasiados adjectivos.

a paisagem sonora é: ansiosa, pesada (conseguindo aproximar-se de alguma melancolia, mas assumindo uma tristeza profunda) e cínica... a gravar em berlim, usando a estátua e um metalofone...


o peso é isso mesmo... mas nunca se percebe porque está ali... é denso, pesado... e sempre que observado sente-se um efeito desinteressante...

domingo, agosto 12, 2007

please imagine an explosion on a ship

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umas coisas novas pelo http://www.myspace.com/anakedlunch... 4 demos, ainda instrumentais...

à procura de vozes ainda...

segunda-feira, agosto 06, 2007

procura-se